Fuzileiro do Amor (1956)
Com as c0mplicações
financeiras da Companhia Cinematográfica Vera Cruz, Mazzaropi percebeu que nada
mais o prendia em São Paulo. A recém-fundada Cinedistri, no Rio de Janeiro, por
Osvaldo Massaini manifesta interesse em contratar o comediante paulista. Fuzileiro
do Amor, seu primeiro filme feito pela Cinedistri, faria, em conjunto com O
Noivo da Girafa e Chico Fumaça a trilogia carioca de Amácio
Mazzaropi.
Fuzileiro
do Amor desvincula completamente Amácio Mazzaropi da figura do caipira paulista,
e o aproxima com a tradição cinematográfica carioca, com ecos de chanchada. As gags
são mais ágeis, enérgicas, e o pastelão é mais afetado. Em outras palavras,
o humor da Cinedistri é mais escrachado que o humor da Companhia
Cinematográfica Vera Cruz.
Mazzaropi é José
Ambrósio, um sapateiro modesto que só entra no Corpo de Fuzileiros Navais para
agradar o pai da namorada, um sargentão reformado. Os problemas começam com seu
instrutor e aumentam quando surge em cena o sargento Ambrósio José, o
desaparecido irmão gêmeo de José Ambrósio.
É interessante
observar que Roberto Duval (1919-1972), o sargento-instrutor do filme, é o ator
que sempre se consagrou como vilão nas películas de Mazzaropi até Casinha
Pequenina (1963), sua última aparição. Tanto na fase Vera Cruz, na fase
carioca ou mesmo na fase independente, Duval sempre fez esse papel de bandido
na filmografia de Mazzaropi.
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