Chico Fumaça (1958)


Último filme que Mazzaropi fez para os “outros”. Depois, ele se tornaria seu próprio produtor, ao criar a Produções Amácio Mazzaropi (PAM) Filmes. Chico Fumaça também foi o último filme de sua trilogia carioca, extremamente coeso dentro do humor com ecos de chanchada da Cinedistri.

Chico Fumaça é um caipira que sonha em ser maquinista. Sua paixão pelos trens é tamanha, que ele passa boa parte do tempo vendo-os passar pela via férrea. Até que um dia ele percebe uma erosão próximo à ferrovia, e impede um desastre. Alçado ao posto de celebridade da noite para o dia, Chico Fumaça vive confusões extraordinárias na boêmia Rio de Janeiro, a então capital do País.

Chico Fumaça resgata aquela figura do caipira paulista de Candinho (1953). Mas coloca o caipira em choque ao ser “transladado” para a metrópole, com muito dinheiro no bolso e com o assédio da imprensa.

A trilogia carioca de Mazzaropi não possui uma “mensagem moral cifrada”, e procurou apenas construir uma história com começo, meio e fim, e algumas reviravoltas, momentos inusitados e muitas peripécias para prender atenção do grande público.

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