Prefácio para uma Apostila de Poesia


Um dia eu me apaixonei por alguém.
E eu achei estranho que o amor fosse tão clichê.
Eu digo: "Eu amo!"
Mas as árvores respondem: "Triste é"
E as pedras: "É essa a novidade?"


E a gente acorda como quem vai entrar em um espetáculo.
E a Musa muitas das vezes não passa de uma Fiona em sua forma tão verde.


E recito para as paredes e muros,
e é pena que nem os grafites me escutam.


E quando o dia do desgaste vem
Explode a briga
A Musa diz que vai e nunca mais retornará.


A criatividade é muita para dar cor e tiros ao rompimento.


Por isso digo que poesia sombria é mais original
que a turva mentalidade romântica.
Tome café ao invés de Valium, aspirante a poeta.
Enfeite de bombas e sangue ao invés de flores e borboletas amarelas.


E entender a vida se torna mais poético e realista também
tendo suas algemas quebradas.
Ficam os dedos, vão-se os anéis.
O cara perde as suas musas,
o mundo ganha um poeta.

Comentários

Há poemas que simplesmente brotam dos dedos. Sou incapaz de explicar isso. Alguém em especial ou uma ideia generalizada? Não sei, mas isso nem importa. E que passe em branco este meu comentário nulo! kkk

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