O Espetacular Homem-Aranha (2012)


Mais foco em Peter Parker

Em "O Espetacular Homem-Aranha" há pouca coisa de espetáculo. O filme procura dar um recorte mais humano aos personagens, principalmente no que diz respeito ao Peter Parker. Ao focar no inferno particular dele, o filme dá uma certa profundidade psicológica que pouco havia na primeira trilogia.


Embora o Lagarto ainda assim funcione como um vilão monotom.

Marc Webb foca no potencial dramático das cenas; insiste em colocá-las em um contexto urbano, moderno. Admira ver um Peter Parker mais irônico e menos travado que aquele defendido por Tobey Maguire.

O prédio da Oscorp é praticamente o mesmo de Tony Stark, em Homem de Ferro. Soa engraçado ver Peter Parker com uma calculadora HP-50G, cheio de engenhocas ao seu redor, CDF e com um certo talento para moda (afinal, é incrível que o design do heroi seja dele).

A morte de Tio Ben faltou profundidade. Sua reação frente ao bandido esvazia e muito aquele sentimento de culpa que é o fator determinante da construção do heroi, o que impele Peter a lutar contra o crime. O filme pega emprestado cenas que lembram o primeiro filme, principalmente aquela onde Parker cai num ringue vazio de luta livre, e um cartaz ajuda a construir a figura do Homem-Aranha. No primeiro filme da trilogia de Sam Raimi, é do ringue que sai o nome do heroi.

Mesmo com todo esse colorido high-tech, questões como solidão, exclusão, namoro, relação com família, velhas e clássicas abordagens morais sobre o bem e o mal e bioética que povoam a mente e a Nova York de Peter fazem do filme uma experiência válida, com cenas que enchem a tela num colorido e lirismo vibrantes.

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