Cardióide
Atrás do tempo fiquei
Como quem vê a vida através de um estranho caleidoscópio.
Piso nas poças, meus passos é um tropeçar rítmico.
Me calo, com medo que minhas próprias palavras me enforquem
me sufoquem
façam-me mais vazio que o copo que vejo na minha mesa.
E sinistra se faz a verdade
de ver que pessoas e coisas
envelhecem em cada segundo que reprimo a minha vontade.
Para onde vou?
A chuva não conseguiu limpar as minhas lembranças.
Inútil foi o banho de novas esperanças.
Piso nas poças, fútil é tentar se afogar nelas.
Sol, onde você está?
Me sinto andando às apalpadelas, uma escuridão sem fim.
Um beijo anuncia a orquestra celestial emprestada ao inferno.
Caroline, nome que tento enxergar em outras identidades,
Rosto que sinto afigurar em cada esquina desse mundão tão complexo.
É uma presença na minha solidão.
Uma ausência que anula a multidão que tenta me bajular.
Piso nas poças.
No tremular das águas, imagino ver seu sorriso, tranquilo, materno, fenomenal.
Como quem vê a vida através de um estranho caleidoscópio.
Piso nas poças, meus passos é um tropeçar rítmico.
Me calo, com medo que minhas próprias palavras me enforquem
me sufoquem
façam-me mais vazio que o copo que vejo na minha mesa.
E sinistra se faz a verdade
de ver que pessoas e coisas
envelhecem em cada segundo que reprimo a minha vontade.
Para onde vou?
A chuva não conseguiu limpar as minhas lembranças.
Inútil foi o banho de novas esperanças.
Piso nas poças, fútil é tentar se afogar nelas.
Sol, onde você está?
Me sinto andando às apalpadelas, uma escuridão sem fim.
Um beijo anuncia a orquestra celestial emprestada ao inferno.
Caroline, nome que tento enxergar em outras identidades,
Rosto que sinto afigurar em cada esquina desse mundão tão complexo.
É uma presença na minha solidão.
Uma ausência que anula a multidão que tenta me bajular.
Piso nas poças.
No tremular das águas, imagino ver seu sorriso, tranquilo, materno, fenomenal.
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