tag:blogger.com,1999:blog-45432556084546112522024-02-07T01:40:52.338-03:00Cafés e blablablásO coador sempre inteirinho. O papo, quase sempre furado.Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.comBlogger188125tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-51393225750476126682021-09-04T18:00:00.001-03:002021-09-04T18:00:00.201-03:00O Exterminador do Futuro — Destino Sombrio (2019)Atenção! Spoilers!Chegamos, então, ao sexto capítulo da franquia O Exterminador do Futuro. Precisávamos? Eu sempre fico com esta pergunta na mente quando começam os créditos iniciais de mais um episódio.
É, de novo, um esforço em reafirmar a canonicidade dos dois filmes iniciais; firmar o pé em uma trajetória própria ao mesmo tempo em que atropela todos os esforços que ocorreram de lá Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-30149617776879415092021-03-12T08:34:00.001-03:002021-03-12T08:34:56.433-03:00O pai-de-santo italianoPai Ronaldo é uma das figuras mais lúcidas que eu já conheci. Alto, gordo, careca, com os seus inseparáveis óculos grossos de lente amarelada sobre o nariz pontudo, de passos vagarosos e um humor inconfundível, o Pai dividia a vida entre o trabalho pesado de mecânico no setor metroferroviário e a vocação de sacerdote de cultos afro-brasileiros.
Quando o conheci, ele era um senhorFernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-23181563138804234952021-01-16T20:55:00.002-03:002021-01-20T08:04:11.633-03:00VIZONTELE (2001)
Com a popularização do streaming, diversas cinematografias antes
inacessíveis acabam penetrando nas nossas casas com imensa facilidade. Isso é
ótimo, afinal, desde a tenra idade nós somos formados — de uma maneira
praticamente intensa e ininterrupta — pelo cinema comercial americano recente.
Ficamos viciados pelos seus temas, pelos seus andamentos, pelos seus estilos,
pelos seus Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-24445836748235501362020-11-25T18:00:00.010-03:002020-11-25T18:00:13.937-03:00Fuga das Galinhas (2000)Finalmente vi este pequeno clássico.Pandemia é tempo de reclusão, tempo de tocar os projetos pessoais que andam parados, tempo de refletir. É tempo, sobretudo, de resolver as muitas "pendências" cinematográficas.Foi o que eu fiz. Acho que todo mundo que eu conheço já torceu, ao menos uma vez na vida, pela galinha ruiva Ginger, cérebro de inúmeras e malsucedidas fugas da sinistra granja dos Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-38439632604691934602020-11-11T20:00:00.000-03:002020-11-11T20:00:17.965-03:00Dois poemas de Rüştü Onur e de Muzaffer Tayyip Uslu
Vi, nesses dias, o maravilhoso filme turco The Butterfly's Dream (Yilmaz Erdogan, 2013). O filme conta a história real de dois jovens poetas, em plena Segunda Guerra Mundial, num pequeno vilarejo da Turquia, que tentam sobreviver à pobreza e à tuberculose enquanto escrevem os seus poemas. Os poetas são os amigos Rüştü Onur (1920-1942) e Muzaffer Tayyip Uslu (1922-1946). Eu, que&Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-50220267283060628352019-11-13T18:00:00.000-03:002019-11-13T18:00:02.232-03:00Bacurau (2019)
Não dá para negar: Kleber Mendonça Filho é o nome desse cinema brasileiro contemporâneo que se quer crítico, inventivo e palatável.
Bacurau (co-dirigido com Juliano Dornelles) atingiu espontaneamente a proeza de ocupar o posto central das conversas nas rodas em que a cultura nacional tem algum espaço. A tal ponto que muitas pessoas correram para o cinema. Já estava chato ficar de fora do Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-46068523400808894052018-07-29T12:00:00.000-03:002018-07-29T12:00:06.357-03:00Nada a Perder (2018), parte II
PARTE II: O mito e seus arranhões
Os problemas do filme são intrínsecos à sua natureza – é um filme encomendado, feito para “fazer coro” ao “discurso oficial” da igreja. Por isso, a atmosfera laudatória do longa.
O contraditório é praticamente eliminado. O filme é a visão que o Macedo tem de si próprio, com alguns lapsos de modéstia, sinceridade e autocrítica.
Obviamente, Nada aFernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-5495508623327026752018-07-22T12:00:00.000-03:002018-07-22T12:00:00.269-03:00Nada a Perder (2018)
PARTE I: Apontamentos sobre o homem aquém do mito
E eis que Nada a Perder chega ao Netflix.
É sempre uma tarefa difícil falar de Edir Macedo, essa figura controversa. Parece que nunca seremos capazes de olhá-lo com isenção, sem cair nos estereótipos de “homem de Deus” ou de “mercador da fé”, sem superar a devoção religiosa ou a figura que ficou no imaginário popular.
Porque o nome Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-25295596863934130772018-07-15T12:00:00.000-03:002018-07-15T12:00:05.757-03:00Calígula (1979)
A minha geração cresceu ouvindo muito falar de Calígula. Como se o mundo fosse dividido entre as pessoas que tivessem visto o filme e aquelas que ainda não viram. Calígula, por todos esses anos, tomou para mim proporções realmente folclóricas, virando uma espécie de proibidão clássico, algo como uma experiência extrema em matéria de cinefilia.
No entanto, hoje, vendo-o pela primeira vez, Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-2644811927928130922018-05-11T18:25:00.001-03:002018-05-11T18:25:20.706-03:00Frankenweenie (2012)
É um filme bobo, mas... bonito.
E é esta a sua principal qualidade.
Talvez estejamos muito necessitados de algo assim nos dias de hoje: uma experiência cinematográfica que seja mais “plástica” que “política”.
A história do estranho garoto nerd e solitário que quer ressuscitar o seu cãozinho é de um apelo universal indiscutível. O drama é palpável; nos identificamos de imediato.
Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-22467462498206392652018-01-21T12:00:00.000-02:002018-01-21T12:00:14.494-02:00Paulo e Estêvão (1941)A maior injustiça é rotular Paulo e Estêvão de "romance espírita"
Chico Xavier — ou Emmanuel — é realmente um escritor extraordinário. Tudo bem que o livro é escrito com mão pesadíssima, com um beletrismo que torna a prosa muito envelhecida e gordurosa.
"Outrossim", "assaz", "báratro" e "imbele" foram algumas das centenas de palavras que me obrigaram peregrinar em diversos dicionários Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-69677480835240371682017-08-11T21:32:00.001-03:002017-08-11T21:32:41.241-03:00Kingsman – Serviço Secreto (2014)
Cinema é imagem, mas também é movimento. Essa definição praticamente tautológica da sétima arte me martelou a mente do começo ao fim do deste filme.
Aliás, movimento é algo que também está presente nos filmes “parados”, contemplativos, não-narrativos. O que mais se nota em Kingsman é ritmo.
A trama é ágil, é divertida. A direção hiperacelerada e nervosa de Vaughn não deixa espaço para o Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-76770267123570152712016-12-25T12:00:00.000-02:002016-12-25T12:00:16.702-02:00Pink Flamingos (1972)
Destoando completamente do espírito natalino, eis aí um filme irreverente de avaliação impossível.
Confesso que assistir até o final esse “exercício do mau gosto” foi como testar os próprios limites. Sim, porque Pink Flamingos, de John Waters, não é um filme para qualquer um. É talvez um dos filmes mais bizarros e repulsivos que já vi na vida. Mais até que Possessão (1981).
Tudo nele é Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-41297766749961045762016-12-11T17:06:00.000-02:002016-12-12T21:39:55.406-02:00Êxodo: Deuses e Reis (2014)
O filme de Ridley Scott é uma releitura – um tanto “mundana”, digamos – da libertação dos israelitas do jugo egípcio e sua saída para a Terra Prometida, a partir do texto bíblico.
Scott traz algumas liberdades interpretativas na maneira de contar a história, que diminuem o natural pendor ao espetáculo presente no material clássico.
Isso não é de todo ruim. No filme, Deus surge como um Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-48044030842185625802016-11-27T20:27:00.000-02:002016-11-27T20:32:27.829-02:00O Código Da Vinci (2006)
Uma notinha rápida. Vamos
falar de filme velho?
É praticamente impossível
que haja alguém que ainda não tenha assistido O Código da Vinci, filme que,
juntamente com o livro, tornou-se numa verdadeira coqueluche há dez anos.
Rever o filme hoje talvez não revele novos detalhes, mas reafirma sua força como entretenimento, como um filme realmente impressionante para o público que gosta de Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-16950765374028300042016-10-09T12:00:00.000-03:002016-10-09T12:00:10.798-03:00Fim dos Dias (1999)
Para os nascidos no século XX, o ano 2000 significava o “fim do mundo”. Muitos tinham isso como coisa certeira, uma conclusão óbvia e inescapável. As explicações eram muitas e desencontradas. Nostradamus (1503-1566) fixava o término da humanidade um pouco antes, em 1999. Os cientistas alardeavam sobre o “bug do Milênio”.
É, pois, tirando partido desses dias tão recheados de paranoias Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-18069261293288988172016-08-28T12:00:00.000-03:002016-08-28T12:00:11.671-03:00Esquadrão Suicida (2016)
Se de uns tempos para cá, a DC/Warner está procurando seu grande filme, esse com certeza não é Esquadrão Suicida. Uma pena, visto que o filme até possui a sua graça, o seu charme particular.
Longe de ser uma obra perfeita, ES é divertido. Acerta no tom, tem um ritmo sensacional. Mas erra feio na trama, no enredo. A começar que muitos personagens não são desenvolvidos como convêm — Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-38602856931514818532016-08-14T18:00:00.000-03:002016-08-14T20:36:55.064-03:00Batman vs. Superman – A Origem da Justiça (2016)
Pois é, a minha recepção ao controvertido Batman vs Superman até que foi favorável. Acredito que isso ocorreu porque não vi o trailer, porque vi o filme bem depois da estreia, e ainda no conforto do home-video. Em outras palavras, meu contato com o filme foi casual, sem as grandes expectativas de fã.
O filme tem seus problemas, é claro. Mas na total conjuntura, eles não prejudicam as Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-43149448909596743292016-06-19T16:00:00.000-03:002016-06-19T16:00:39.801-03:00Alice Através do Espelho (2016)
A tática de Hollywood em adaptar histórias clássicas com um viés modernoso já está mostrando evidentes sinais de desgaste, de cansaço criativo. Nos últimos anos, temos sido bombardeados com releituras "atualizadas" de obras de presença forte no inconsciente coletivo e na cultura pop, quase sempre com resultados aquém dos esforços publicitários.
É o que vemos em Alice Através do Espelho.
Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-31583113282611400032016-05-29T12:00:00.000-03:002016-05-29T12:00:04.409-03:00O Menino e o Mundo (2013)
Embora tenha se levantado uma torcida enorme, com ares de Copa do Mundo, não tinha como O Menino e o Mundo, belíssima animação de Alê Abreu, levar o Oscar de melhor animação. Não, não tinha como. Seria ironia demais se isso acontecesse. O desenho é uma reação contra a indústria. E nada mais industrial que o Oscar e os desenhos da Disney-Pixar.
O grande trunfo de Abreu foi ter nadado contra Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-68576940017601771282016-05-01T12:00:00.000-03:002016-05-01T12:00:09.075-03:00Jesus de Nazaré (1977)
Assistir ao clássico Jesus de Nazaré numa época eivada de novelas bíblicas e fenômenos religiosos “fabricados” pode ser considerado como um verdadeiro gesto de resistência. O épico bíblico envelheceu bem e, quase quarenta anos depois, nestes nossos tempos confusos e difíceis, ele permanece como uma obra de grande estatura e beleza.
Registre-se, o cinema mundial sempre foi pródigo em levar Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-13145156458584351032016-04-24T12:00:00.000-03:002016-04-24T12:00:01.872-03:00O Escaravelho do Diabo (2016)
O razoável filme O Escaravelho do Diabo teve uma estreia modestíssima, com horários escassos, espremido entre grandes cartazes.
O filme, de certa maneira, escancara conservadorismo. Aliás, o cinema infanto-juvenil brasileiro sempre foi, em última análise, conservador. Sem o apelo comercial dos blockbusters americanos que enchem os cinemas nas férias escolares, os poucos cineastas Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-41332516231104961982016-03-27T20:00:00.000-03:002016-03-27T20:00:36.904-03:00As Sessões (2012)
Antes que o domingo de Páscoa acabe, uma resenha rápida.
As Sessões é uma comédia romântica-dramática-sexual baseada em fatos reais, com um tema inusitado: Mark O'Brien (1949-1999) (John Hawkes) é um poeta, professor universitário, católico praticante ainda que nem tão fervoroso e... vítima da pólio. Devido à doença que o acometeu ainda na infância, ele só consegue mover a cabeça.
Mas Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-17262544194491084332016-03-20T12:00:00.000-03:002016-03-20T12:00:14.513-03:00Magia além das Palavras: A história de J. K. Rowling (2011)
Muita gente pode não gostar de Harry Potter, mas é impossível que alguém possa negar ou mesmo ignorar seu sucesso. Harry Potter tornou-se num fenômeno mundial de massa, um acontecimento na cultura pop neste começo de milênio.
Se todo mundo já ouviu falar do mais famoso menino bruxo do mundo, pouca coisa se sabe sobre sua criadora, a escritora britânica J. K. Rowling (1965-). O filme feito Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4543255608454611252.post-4462570616361008382016-03-13T12:00:00.000-03:002016-03-13T12:00:33.771-03:00Os Oito Odiados (2015)
Para quem vibrou com os ótimos Bastardos Inglórios (2009) e Django Livre (2012), assistir Os Oito Odiados pode soar, à primeira vista, como uma experiência menor.
Parece que Tarantino pegou gosto pelo western e só agora resolveu se especializar.
Oito pessoas odiosas. Nenhum herói. Só vilões. Trancafiados em uma cabana pequena demais para tamanha concentração de ódio, enquanto lá Fernando A. Medeiroshttp://www.blogger.com/profile/00674024642382614558noreply@blogger.com0